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309 mil mulheres são donas do próprio negócio no Maranhão

Com 44,5% das MEI lideradas por mulheres, elas avançam no empreendedorismo, mas o a crédito e equilíbrio entre carreira e família ainda são obstáculos

Fonte: Com informações da assessoria
(Foto: Divulgação)

O Maranhão contabiliza 309 mil mulheres à frente de seus próprios negócios, de acordo com dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD). Apesar desse avanço, muitas empresárias ainda enfrentam dificuldades no o a crédito e capacitação, além do desafio de equilibrar a vida profissional e pessoal.

No estado, 44,5% das microempreendedoras individuais (MEI) são mulheres, reforçando a tendência de crescimento do empreendedorismo feminino na região, segundo dados do Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte.

Para enfrentar esses obstáculos, algumas instituições financeiras têm implementado programas específicos de apoio. É o caso do Sicredi, que destinou mais de R$ 14 bilhões em crédito para empresas lideradas por mulheres em 2024.

O volume representa um aumento dentro da carteira desse segmento, que encerrou o ano com mais de R$ 16 bilhões em financiamento. O investimento em capacitação com o curso “Mulher Empreendedora” e o Comitê Mulher, que já impactaram mais de 5,5 mil mulheres, promovendo liderança e equidade de gênero.

Entre as empreendedoras que encontraram e na cooperativa está Laise Ponce, proprietária da boutique de óculos Leon. Formada em arquitetura, ela migrou para o setor do comércio ao perceber uma oportunidade de criar uma marca própria, voltada para um público que buscava exclusividade e identidade.

“A transição aconteceu de forma natural. Minha mãe sempre esteve ligada ao comércio, e eu fui me envolvendo aos poucos até perceber que queria investir na minha própria marca”, conta. Durante a pandemia, a empresária identificou a necessidade de expansão do negócio.

Com a loja de apenas 30 metros quadrados, os clientes aguardavam atendimento do lado de fora, o que indicava a demanda crescente. “Foi nesse momento que percebi que precisava ampliar o espaço e oferecer uma experiência ainda melhor para meus clientes”, relembra.

Para viabilizar a expansão, ela encontrou no Sicredi um parceiro estratégico. “Sempre tive apoio da cooperativa, seja na obtenção de crédito ou na segurança de ter um e financeiro quando necessário”, afirma. Embora tenha conseguido consolidar sua empresa, Laise reconhece que o caminho do empreendedorismo ainda impõe barreiras específicas para as mulheres.

“Acredito que o maior desafio seja conciliar os papéis de empresária e mãe. No final de 2024, tive meu primeiro filho e precisei me afastar da loja. Se não fosse a estrutura que já havia construído, teria sido muito difícil”, observa.

Para outras mulheres que desejam empreender, a empresária dá um conselho direto: “Dedicação total. O sucesso não vem fácil, mas com trabalho e persistência, é possível construir algo sólido”.

Com planos de ampliação para o futuro, Laise se sente realizada profissionalmente e espera que mais mulheres tenham condições de trilhar esse caminho. “Toda mulher precisa ser independente financeiramente e ter seu espaço no mercado”, conclui.

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