
Aluísio Cavalcante carrega em cada acorde a alma dos povos do cerrado, as vozes dos ribeirinhos amazônicos e a cadência das veredas tocantinenses. O compositor, que já coleciona quase duas décadas de música, estreia em São Luís nesta sexta, em um show que homenageia o poeta ludovicense Celso Borges, seu parceiro na faixa-título do compacto Fruto Rebeldia, lançado em 2024.
Aluísio construiu seu som no underground de Palmas (TO) dos anos 2000 e seguiu reinventando suas paisagens sonoras até chegar à Mantiqueira mineira dos anos 2020. Em 2023, retomou a carreira solo depois de duas agens premiadas pelo grupo Guaimbê — Prêmio de Música das Minas Gerais em 2021 e 2022 — e deu vida ao compacto que marca seu novo momento. “A poesia de CB chegou na minha casa pela amizade que ele tinha com meu pai, o poeta Gilson Cavalcante. Começamos a trocar versos e dali nasceu ‘Fruto Rebeldia’, que decidi gravar assim que tive a chance”, conta o músico.
No palco do espaço Re-ocupa, Aluísio promete uma viagem que costura o groove urbano e a psicodelia setentista com a força da cultura popular do interior do Brasil. O repertório eia por raridades e por canções que são fruto da convivência entre o som de dentro e a pulsação da cidade. “Quis fazer desse show algo especial, trazer também a energia do Maranhão que tanto me inspira”, diz.

A apresentação começa às 20h e tem entrada solidária — o público contribui com o valor que achar justo. O cantor também adianta a participação de convidados surpresa para deixar a noite ainda mais vibrante.
Compacto Fruto Rebeldia: raízes e psicodelia
No compacto Fruto Rebeldia, gravado em Londrina (PR), Aluísio escancara suas raízes e faz uma ponte entre a cultura popular e os riffs lisérgicos. A faixa que dá nome ao disco, parceria com Celso Borges, evoca a infância entre Goiás e Tocantins e carrega imagens de quintais, cercas arrancadas e a força de quem resiste. Em versos como “sou(l) feito daquelas que queimaram / daqueles que arderam e hoje me irradiam”, o cantor convida o ouvinte para dentro de um território fértil e repleto de memórias.
Já em “Dobra”, com Gregory Carvalho, a influência da música preta norte-americana colore uma balada urbana cheia de paradoxos. O amor, aqui, é um jogo de idas e vindas: “A gente esconde o tempo e o espaço nas dobras do nosso amor”, canta Aluísio, costurando leveza e intensidade numa canção que fala de saudade e encontro.
A produção artística do compacto é assinada por Aluísio e foi feita em colaboração com Mariana Franco (contrabaixo), André Coudeiro (bateria) e Daniel Loureiro (guitarra), além da mixagem e masterização de Marco Aurélio no Estúdio Toque Grave.
Para saber mais sobre o artista e mergulhar no seu trabalho:
🌐 www.aluisiocavalcante.com.br
📷 www.instagram.com/aluisio.cavalcante
🎥 www.youtube.com/@aluisio.cavalcante