A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 2 de junho, uma redução de 5,6% no preço da gasolina A vendida às distribuidoras. Com isso, o valor médio por litro ará de R$ 3,02 para R$ 2,85, uma queda de R$ 0,17 por litro. A mudança entra em vigor a partir de terça-feira, dia 4.
Considerando a composição da gasolina C, que é a mistura comercializada nos postos (composta por 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro), a parcela da Petrobras no preço final ao consumidor ará a ser de R$ 2,08 por litro, representando uma redução de R$ 0,12.
A medida ocorre em meio à queda dos preços internacionais do petróleo, que vêm sendo pressionados por tensões no comércio global. Desde o início do ano, o barril do Brent, referência internacional usada pela Petrobras, caiu de cerca de US$ 80 para US$ 60. A queda é reflexo, em parte, da política tarifária adotada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que reacendeu a guerra comercial com a China.
Além disso, o corte acontece após a nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmar que havia espaço para redução nos preços dos combustíveis, incluindo gasolina, diesel e querosene de aviação. Dados da Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis) indicavam que os preços da Petrobras ainda estavam acima da paridade de importação em algumas bases, como Itacoatiara e Suape, o que também justificaria a decisão de revisão.
Segundo a Ativa Investimentos, esta é a quinta alteração de preços feita pela Petrobras em 2025 e a primeira envolvendo a gasolina. A corretora destacou que o impacto da medida sobre o IPCA, índice oficial de inflação, tende a ser imediato. A Ativa também observou que, apesar da política da estatal de evitar rees automáticos da volatilidade internacional ao consumidor, a frequência recente dos ajustes tem gerado certa inquietação no mercado.
A Petrobras também anunciou, na sexta-feira anterior, uma redução de 7,9% no preço médio do querosene de aviação (QAV) vendido às distribuidoras, válida a partir de 1º de junho. A companhia comercializa esse combustível apenas para as distribuidoras, que ream aos consumidores finais, como empresas de transporte aéreo e revendedores.
No caso do diesel, a estatal já realizou três cortes no preço médio desde 1º de abril, somando uma redução total de R$ 0,45 por litro. A política atual da Petrobras permite ajustes nos preços sem uma periodicidade fixa, mas a presidente Magda Chambriard indicou que a companhia tem avaliado as condições de mercado aproximadamente a cada 15 dias.
As decisões sobre os preços dos combustíveis são monitoradas de perto por economistas e investidores, já que influenciam diretamente o custo de vida, os índices de inflação e os preços praticados em toda a cadeia de transporte e logística do país.